Juiz militar americano acaba de proibir advogados de referir torturas sofridas por seus clientes.
Foi no julgamento em Guantanamo de cinco acusados de conspiração para o atentado de 11 de setembro.
Eles estão sujeitos à pena de morte.
O juiz, Coronel James Pohl, atendeu ao procurador do governo que solicitava fossem declaradas classificadas (segredos de estado) e inadmissíveis as “experiências” dos réus sob custódia das autoridades.
A proibição de Pohl, impede explicitamente que os advogados de defesa revelem à Corte quaisquer fatos referentes ao tempo em que foram objeto do programa secreto de captura, detenção e interrogatório da CIA, incluindo as torturas.
“Ficamos profundamente desapontados com a decisão do juiz, que sequer respeitou as sérias questões da Primeira Emenda ( da Constituição americana) que estavam em causa aqui,” declarou Hina Shamsi, diretora da American Civil Liberties Union.
“O governo quis garantir que o público americano nunca ouvisse a narrativa da defesa sobre torturas, captura e detenção.” E concluiu: ”O juiz militar cumpriu esse plano.”
Pouco democrático, aliás.
Como se sabe, o Presidente Obama, em campanha (é claro) afirmou que seu governo seria o mais transparente da história americana.
Se for verdade, imagine como teriam sido os seus antecessores…