Haveria um risco muito sério de guerra entre o Ocidente e a Rússia.
Relatório da Rede de Liderança Européia (ELP –European Leadership Network), que reúne ex-ministros de Defesa e ex-militares de alta patente russos e europeus, previne que esse poderá ser o desenlace de jogos de guerra presentemente realizados pela NATO e por Moscou.
Esses exercícios militares em larga escala – que mobilizam dezenas de milhares de soldados – teoricamente preparam seus exércitos para um conflito com adversários hipotéticos. No entanto, a natureza desses jogos de guerra indica que cada parte está treinando seus efetivos considerando os recursos militares da outra parte.
Segundo Ian Kearns, diretor do ELP: “Cada exercício é visto como uma provocação pelo outro lado, alimentando uma dinâmica de desconfiança e imprevisão. Cada parte valoriza o efeito dissuassor dos grandes exercícios, mas há o fator risco.” Que seria algo dar errado e, por engano, estourar uma guerra inesperada.
Para evitar essa catástrofe, o ELP sugere que as potências reduzam a escala dos seus jogos de guerra e comecem a estudar um novo tratado que limite o tipo de armamentos permitidos nas fronteiras Rússia- países da NATO, garantido por inspeções severas.
É enfatizada também a importância das partes se comunicarem mais entre si e reforçarem a transparência.
O clima belicoso que existe nas relações Ocidente-Rússia ficou evidenciado em recentes declarações do general Ray Odierno, chefe do Estado – Maior do exército dos EUA: “A Rússia é a maior ameaça à América. Eles (os russos) estão constantemente avaliando as reações da NATO nos estados bálticos e, em função de cálculos errados, poderiam iniciar uma guerra.”