Israel bombardeia sem guerra.

Está certo, o Presidente do Sudão não é flor que se cheire.

Há até um mandado de prisão internacional contra ele.

Mas nem por isso Israel tem direito de bombardear a capital desse país, com o qual nem está em guerra.

Quatro super-jatos vieram à noite e lançaram fulminantes projéteis contra uma fábrica de armas de Kartum.

Destruiram  boa parte da fábrica.

E pior: mataram dois civis sudaneses.

Pelo tipo dos aviões e dos mísseis usados na missão, os oficiais locais identificaram o ataque como israelense.

Tanto Bibi quanto o Ministro das Relações Exteriores israelense, Ehud Barak, não contestaram as acusações.

Como quem cala, consente, depreende-se que as culpas são mesmo de Telaviv.

Oficiais anônimos israelenses confirmaram à imprensa local que foi isso mesmo.

E deram a razão: essa fábrica produziria armas que estariam sendo contrabandeadas para o Hamas, em Gaza.

Fraca desculpa.

Depois da derrota de Gadafi, imensa quantidade de armamentos foram confiscados do seu exército por milícias do exército vencedor. Que as estão espalhando pelos países da África e do Oriente Médio.

Com uma tal disponibilidade no mercado, não há razão para os sudaneses as fabricarem especialmente para vendê-las a Gaza.

Seja qual for o motivo, não deixa de ser um crime contra as leis internacionais o bombardeio israelense de um país com o qual não está em guerra.

Por isso mesmo, tem razão o governo sudanês em reclamar do Conselho de Segurança da ONU a condenação de Israel.

A justiça está do seu lado, mas não os EUA que, como sempre, irão se opor em defesa de Israel.

Adivinha quem vai ganhar?

 

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