ISIS: as culpas americanas.

Já se sabia que o Pentágono ajudava, indiretamente, o ISIS.

Rebeldes moderados Anti- Assad estavam aderindo aos terroristas ultra-radicais levando armas fornecidas pela inteligência do exército americano.

Conforme o jornal libanês Daily Star (8 de setembro), Abu Fidaa, ex-coronel das forças de Damasco, hoje chefe do conselho revolucionário, admitiu:”Um número muito grande de membros do ESL (moderados) integrou-se no ISIS e no Nussra.”

Agora, ficamos sabendo que o pecado dos EUA era bem mais grave.

Em entrevista à TV al-Jazeera (31 de julho), o tenente-general Michale Flyn , ex-chefe do DIA   (Agência de Inteligência de Defesa), fez revelações inquietantes.

Em 2008, os EUA resolveram coordenar o envio de armamentos a movimentos jihadistas ligados à Al Qaeda do Iraque pára combater o presidente da Síria, al-Assad.

Derrubar esse grande aliado do Irã parecia tão importante para o governo americano que não vacilou em prestar ajuda ao movimento terrorista responsável pelo atentado de 11 de setembro.

Flyn deixou claro que essa decisão foi deliberada, a inteligência americana estava totalmente por dentro do que representava a al-Qaeda e grupos similares no Iraque.

Foram lideranças desses grupos que fundaram o ISIS, fortalecido inclusive pelas armas recebidas via os bons ofícios dos EUA.

Fly informou também que tentou dissuadir a Casa Branca desse perigoso oportunismo.

Foi em vão.

Lembro que 2008 foi o último ano do governo Bush.

 

 

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