Iraniano importante defende Israel. E continua solto.

Solto, prestigiado, publicado e ainda criticando o Supremo Líder Khamenei.

Deu no Times of Israel, de 17 de novembro: de acordo com o site do instituto de pesquisas MEMRI (de Washington), o respeitado professor universitário Sadegh Zibakalan discordou da fala do Supremo Líder Khamenei que propunha um referendo sobre o futuro de Israel.

Zibakalan considerou a proposta irrealista e que não é da conta do Irã.

Disse que a posição do país pela destruição do regime de Israel, evidenciada nas frases “Israel tem de ser destruído” entre outras semelhantes, inscritas nos mísseis de longo alcance, apresentados recentemente, desrespeita regras da ONU.

“A ONU oficialmente reconheceu Israel e o Irã como Estados membros”, disse Zibakalan. “De acordo com o artigo 1 da carta da ONU, os Estados membros da ONU não podem fazer atos de agressão contra algum outro e nem desejar a morte ou a destruição de outra nação. ”

O professor terminou, afirmando: ” O Irã precisaria primeiro retirar-se da ONU, antes de cantar “morte a Israel.”

Não é de hoje que Zibakalan condena publicamente os extremos da política anti-Israel do regime islâmico.

Em fevereiro 2014, ele declarou que reconhecia o Estado de Israel porque a ONU o reconhecia.”

No começo do mês de novembro último, tomou uma atitude pública de grande repercussão.

Ao chegar na universidade de Teerã onde dá aulas, deparou com uma bandeira de Israel pintada no chão. Enquanto todos que entravam pisavam na bandeira, ele deu uma grande volta para não pisar. Posteriormente, fez o mesmo para evitar caminhar sobre uma bandeira americana também pintada no chão.

Zibakaran é um liberal que não foge à responsabilidade de defender suas ideias, malvistas pelos conservadores islâmicos, dominantes na Guarda Revolucionária, na polícia política e na Justiça. Embora pragmático, Khamenei também é considerado   conservador.

Apesar do moderado Rouhani ser apoiado por ele, o corajoso professor mantém sua independência criticando o presidente

por eventuais omissões.

Em janeiro de 1914, ele enviou uma carta a Rouhani, censurando-o por não ter realizado muitas das promessas democráticas e humanísticas de sua campanha, inclusive a libertação dos candidatos da oposição, ainda detidos em regime de prisão domiciliar.

Na verdade, Rouhani faz o que pode pois tem de enfrentar a poderosa oposição dos radicais conservadores, frequentemente reforçada pela autoridade do próprio Supremo Líder Khamenei.

Se não fosse pelas leis e medidas liberalizantes já efetivadas pelo presidente, Zakabalan não poderia pronunciar-se do modo corajoso como tem feito, opondo-se a questões que são tabu para o regime vigente.

Estaria preso há muito tempo.

 

 

 

 

 

 

 

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