Os EUA tem gasto dezenas, ou mesmo centenas, de bilhões de dólares nas guerras do Oriente Médio, sempre se apresentando, em defesa da democracia, da paz, da justiça,etc
A Penn, Schen Brand patrocinada pela Burson, Marsteller, de Dubai, realizou uma pesquisa para saber como os jovens árabes valorizavam Tio Sam por esta altamente dispendiosa participação na história da região.
Os resultados foram trágicos: os EUA foram considerados inimigos por 93% dos jovens do Iraque, 82% dos iemenitas, 81% dos palestinos e 57% dos libaneses.
Esse números na verdade se explicam: os jovens iraquianos, que eram crianças durante a invasão e as lutas contra a ocupação do seu país, tem bem presente a lembrança dos sofrimentos e das humilhações que lhes foram impostas pelo exército de Washington.
Há quatro anos, o Iêmen vem sofrendo ataques de drones americanos que buscam matar terroristas mas também atingem civis inocentes, lançando o terror em certas regiões.
A partir de março de 2015, o país sofre impiedosos bombardeios da Arábia Saudita, que matam gente em casamentos, mercados e aldeias rurais com bombas made in USA.
Os palestinos, por sua vez, tem nos EUA um pseudo amigo,que condena assentamentos judaicos, defende a criação dos “2 Estados na Palestina” mas, nos momentos decisivos, apóia Israel, justificando até massacres como os de Gaza.
Finalmente, no Líbano, os jovens são os menos anti-americanos dos quatro (57%), talvez porque a última incursão israelense, com os EUA a seu lado,aconteceu há bem mais tempo.
Lembro que, logo depois de assumir seu primeiro governo, Barack Obama fez um discurso no Cairo, anunciando uma nova era de amizade entre os EUA e os povos árabes.
Convém notar que, entre os quatro fatores apontados como possíveis causas da , digamos, pouca simpatia entre os jovens árabes pelos sobrinhos de Tio Sam, três aconteceram também durante os mandatos do presidente Obama.