Mais uma promessa do governo Obama vai para o rol das não cumpridas.
Guantánamo não vai acabar no fim do seu mandato.
Ele pretendia soltar todos os presos já aprovados para serem transferidos e rever os casos de detentos condenados, de modo a liberar e colocar no estrangeiro o máximo de presos possível.
Os que não podem sair de trás das grades de maneira alguma por serem considerados ameaças à segurança nacional seriam simplesmente transferidos para prisões no território americano.
Jamais seriam julgados, o que bateria de frente com a Constituição americana que exige julgamento por júri independente para alguém ser condenado a prisão.
Assim Guantánamo seria transferida mas não cancelada pois continuaria a viver nesses homens punidos com prisão perpetua contra a própria lei americana.
O problema é que nem essa solução parece viável.
Obama já percebeu e está fazendo tudo para, pelo menos, resolver a situação do maior número daqueles que estão ou poderão vir a ser liberados para transferência a países estrangeiros.
Mas está difícil.
As autoridades de segurança fazem exigências exageradas e a burocracia da Secretaria de Defesa é lenta.
Recentemente Obama cobrou maior agilidade e até que conseguiu alguma coisa.
Por sua vez, o Congresso rema em sentido contrário, obstinando-se em negar que os presos perigosos sejam internados nos EUA. Teriam de passar o resto da vida trancados em Guantánamo.
O pior é que o sucessor de Obama, seja um republicano seja a falcôa Hillary Clinton, não dará seqüência aos planos do presidente.
Guantánamo vai permanecer, uma mancha na história dos EUA.