fim.
2.000 prisioneiros palestinos em Israel estão em greve de fome há cerca de oito dias.
Os motivos, conforme ativistas de direitos humanos são dois:
– estão presos sem acusação e por tempo indefinido. Quantos meses ou anos o exército israelense quiser;
– sofrem torturas e maus tratos.
No momento, existem cerca de 5.000 palestinos detidos nas prisões israelenses.
Cada ano entre 700 e 800 menores de idade são presos.
No total, 20% da população palestina já esteve ou está encarcerada em prisões de Israel.
De acordo com alguns palestinos que conseguiram ser libertados, o Shabah (Serviço Geral de Segurança de Israel) tortura durante as investigações e o Shabas (Serviço de Prisões de Israel) depois que os suspeitos são postos no cárcere.
Dois departamentos – o Nhashon e o Metzada – seriam responsáveis pela destruição psicológica dos prisioneiros, usando métodos únicos no mundo.
Amarrar o preso numa cadeira de criança e balançá-la durante muitas horas ou deixá-lo pendurado do teto por 24 horas são alguns desses métodos “científicos”.
“Eles estudam os prisioneiros, conta um sobrevivente e o submetem a um tipo de humilhação que o atinge profundamente. Para um palestino, é mais fácil morrer do que sofrer essas humilhações”.
Nesta semana, centenas ou mesmo milhares de palestinos presos em Israel devem também entrar em greve de fome.
Lembro que o líder palestino, Barghouti, ora cumprindo pena de prisão perpétua, recomendou recentemente a não-violência como forma de ação do movimento pela libertação da Palestina. E que a greve de fome era aplicada por Gandhi, o apóstolo da não-violência, para vencer as arbitrariedades do dominador inglês.