Generais de Israel querem Palestina independente.

No momento em que o premier Netanyahu distribui acusações e ameaças aos palestinos, 105 generais pedem paz com eles.

São brigadeiros e majores-generais reformados e ex- chefes do Mossad e da Polícia.

Eles assinam carta enviada ao primeiro-ministro que começa assim :”Nós abaixo-assinados…que lutamos em campanhas militares de Israel, conhecemos em primeira mão o preço pesado e doloroso cobrado pelas guerras…Aqui estamos novamente mandando nossos filhos para os campos de batalha, os vendo nos seus uniformes e trajes de combate saindo para lutar na Operação Escudo Protetor.”

Em seguida, eles apelam para que Netanyahu inicie um processo diplomático para conseguir a paz com os palestinos, baseada na solução dos dois Estados.

Segundo um grupo de signatários da carta, que a apresentou no programa de notícias do Canal 2, Israel teria o poder e os meios para chegar a um acordo para resolver a presente crise.

Um deles, o major-general reformado Eyal Bem-Reuven, condenou as ações de Netanyahu, afirmando: ”Não tenho dúvidas de que o primeiro-ministro procura o bem de Israel, mas penso que ele sofre de um tipo de cegueira política que o leva a se assustar e a nos assustar.”

Por sua vez, o autor da carta, general da reserva Amnopn Reshef foi duro: declarou estar “cansado e doente diante uma realidade de guerras periódicas, em vez de um autêntico esforço para adotar a iniciativa saudita”.

A iniciativa saudita, endossada pela Liga Árabe, é uma proposta de paz, baseada na criação do Estado da Palestina, nos limites de 1967, que traria o reconhecimento do Estado de Israel pelos países árabes e estabelecimento de relações diplomáticas com todos eles.

Nenhum governo israelense aceitou, Netanyahu nem admite discutir.

O que é estranho,  pois Israel conseguiria assim a segurança que vem sendo a principal preocupação do país.

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