No ano passado, uma equipe de cientistas realizou um estudo sobre a extensão dos efeitos do desastre de Fukushima.
Falando ao site Russia Today, Claus Bonning, um deles, informou: “Dentro de um ano essas águas (contaminadas) se espalharão por toda a metade ocidental do Oceano Pacífico e, em cinco anos, prevemos que chegarão a toda Costa Oeste dos EUA. Os níveis que atingirão as costas dos EUA serão menores em relação aos níveis liberados por Fukushima. Mas não podemos calcular precisamente quais serão esses níveis porque não sabemos com certeza o que foi lançado por Fukushima,”
Agora já se conhece efeitos do desastre de Fukushima nos EUA.
E muito antes dos 5 anos previstos pelos cientistas.
Descobriu-se que crianças nascidas depois de Fukushima em regiões com alta concentração de isótopos radioativos (I-131) apresentavam alto risco de contraírem hipertiroidismo congênito – uma doença que, não sendo tratada em tempo, causa sérios atrasos no desenvolvimento.
Em 2011, estudo do National Institute of Health mostrou que a absorção de altos níveis de radiação aumentou acentuadamente o risco de câncer nas vítimas da radiação em Chernobil durante toda a sua vida.
Examinando as condições ambientais da Costa Oeste dos EUA, depois de Fukushima, verificou-se que os índices de radiação eram similares aos dos países afetados pelo desastre de Chernobil : 211 vezes acima do normal.
O resultado é que verificou-se agora um aumento de 28% na propensão a hipertiroidismo congênito entre as crianças nascidas nos estados americanos de Califórnia, Oregon, Washington, Havaí e Alasca, todos na Costa Oeste.
Os riscos delas contraírem câncer durante os anos futuros são também altos, bem maiores do que o normal.
Desastres nucleares como os de Fukushima e Chernobil podem acontecer nos próximos 50 anos.
As chances são grandes, segundo os cientistas.
Eles calculam que, nesse caso, 30 milhões de pessoas deverão sofrer suas consequências, especialmente em grandes cidades como New York, Tóquio, Washington, Atlanta, Toronto, Shangai, Hong Kong e Osaka.