No The Nation de 27 de março, Nick Turse começa a descerrar o véu que encobre as ações militares americanas na África.
Ele relata declarações do General David Rodriguez, comandante do AFRICOM (Comando Americano na África), de que os militares americanos realizaram 546 ações no continente africano.
Isso representa cerca de uma e meia ação militar por dia, ou um aumento de 217% nas operações realizadas em 2008, quando o AFRICOM foi criado.
Estas ações vão desde participação ativa em combates até treinamento de forças militares locais.
Apesar de Obama ter prometido que faria o governo mais transparente da história americana, o envolvimento militar da AFRICOM é mantido praticamente em sigilo.
Somente uma porção mínima das suas operações foram reveladas.
Pouca coisa os repórteres investigativos conseguiram descobrir a respeito.
Fatos desabonadores como a ampla orientação dada pelos EUA aos militares que derrubaram o presidente eleito do Mali e o treinamento de batalhões congoleses implicados pela ONU em estupros em massa e outras atrocidades.
É conveniente que fatos assim sejam empurrados pra debaixo do tapete. Daí o interesse em mantê-los ocultos da opinião pública.
Atualmente, os EUA e a China disputam a África.
De olho na exploração dos imensos recursos naturais desse continente, os chineses usam como armas empréstimos e investimentos em programas locais.
Os EUA tem também objetivos econômicos, mas querem anda exercer um papel hegemônico na política externa dos países africanos.
Para conseguir tudo isso, contam principalmente com o programa de operações militares do AFRICOM.
Como disse um oficial desse comando, a África “é o campo de batalha de amanhã, hoje.”