Falta alguém na lista americana dos violadores de direitos humanos.

O Departamento de Estado dos EUA acaba de publicar sua lista anual de países que violaram direitos humanos.

As críticas mais pesadas desabaram sobre o Irã, que, talvez por coincidência, faz sombra à hegemonia yankee no Oriente Médio.

Diz o relatório: “O Irã continuou a restringir severamente as liberdades civis, inclusive as liberdades de reunião, de palavra, de religião e de imprensa e a executar civis, ocupando o segundo lugar no mundo entre os países que adotam essa prática.”

O Departamento de Estado não deixa de ter suas razões embora devesse ter mencionado que, graças ao governo do moderado Rouhani, o país tem melhorado sua performance em direitos humanos.

São indicados outros violadores, com destaque para Cuba.

Infelizmente, o Departamento de Estado deixou de lado um dos países merecedores de ser incluído na lista: os próprios Estados Unidos.

Mas a ONU não deixou por menos, através da revisão anual do seu conselho de direitos humanos. Lá foram apontados diversos fatos nos quais os EUA pisaram na bola. Brutalidades policiais praticamente impunes contra afro-americanos, discriminação racial, detenção sem julgamento e indefinida de suspeitos em Guantánamo, uso da pena de morte por diversos estados e falhas na proteção dos direitos dos índios americanos.

Eu acrescentaria mais algumas pedaladas: ataques de drones matando e ferindo centenas de civis inocentes no Paquistão e no Iêmen; fornecimento de bombas para os israelenses o massacre de Gaza; fornecimento de armas para a ditadura egípcia prosseguir sua política de terror; prisão ou perseguição de jornalistas e funcionários públicos por revelarem fatos pouco abonadores da administração.

Claro, o Irã foi pior.

Mas isso não absolve os sobrinhos de Tio Sam.

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