Ele colaborou com agentes americanos no sequestro de Iman Hassan Nasr, realizado nas ruas de Milão.
Levado à força para o Cairo, esse cidadão foi torturado pela polícia de Mubarak, que não encontrou nada que o ligasse ao terrorismo.
Liberado, Nasr voltou á Itália e processou a CIA e o governo italiano.
O processo percorreu várias instâncias.
23 agentes americanos, inclusive o chefe da estação da CIA, Robert Lady, acabaram condenados in absentia, apesar das pressões contrárias do então primeiro-ministro Berlusconi.
Claro, os EUA recusaram-se a entregar o pessoal da CIA à Justiça italiana.
O caso terminou neste mês, quando um tribunal de apelação rejeitou o último recurso de Niccolló Pollari, ex-chefe da espionagem militar da Itália.
Ele foi condenado a 10 de anos de prisão por sua participação no sequestro e transporte clandestino de Nasr para o Egito.
E a corte italiana condenou o governo a pagar 1 milhão de euros a Nasr e 500 mil a sua esposa, por perdas e danos.
Ainda há juízes na Itália.