Drones bombardeiam acordo com Paquistão.

Parecia tudo certo.

Os paquistaneses iam mesmo reabrir a fronteira com o Afeganistão para a passagem de comboios com suprimentos para os exércitos dos EUA e da OTAN.

Certo que o porta-voz do Presidente Zardari anunciara: ”O presidente  disse que o Paquistão queria encontrar uma solução permanente para a questão dos drones,  já que eles, não só violam nossa soberania, como inflamam os sentimentos do povo.”

E que os paquistaneses exigiam o fim dos vôos desses aviões sem piloto para aceitarem a reabertura da fronteira.

Não era a primeira vez que eles exigiam.

Pouco importava já que, em nenhum momento, o governo de Islamabad invocara seus direitos ao espaço aéreo do país, proibindo, formalmente, os drones de invadi-lo.

Na verdade, isso só eram “words,words,words”.

Os packs já tinham se conformado. Só a oposição continuava clamando contra a violação da soberania e o massacre de inocentes camponeses, pelos aviões sem piloto americanos, os temíveis drones.

Protestos esquecidos, as negociações iam de vento em popa.

Agora, era só uma questão de acertar o preço.

Os paquistaneses queriam cobrar um pedágio de 5.000 dólares por caminhão de suprimentos. Os EUA achavam alto, mas tudo se resolveria,  através da tradicional e oriental barganha.

Eis que ataques dos drones põem tudo a perder.

Primeiro, eles bombardearam a aldeia no Norte do Waziristão, matando 10 ditos “suspeitos”. Logo em seguida, foi a vez de outra vila da região, próxima à cidade de Mir Ali, com a morte de mais 10 vítimas.

Aí a Oposição engrossou a voz, os militares acharam uma falta de respeito e o governo Zardari, talvez a contragosto, deu o dito por não dito.

Por enquanto, os abastecimentos para a Guerra do Afeganistão, terão de continuar vindo pela Rússia e pela Ásia Central.

Trajeto mais longo, muito mais caro.

Até quando?

Certamente, até a poeira baixar. Só aí os negociadores voltarão a se reunir e provavelmente chegarão a um acordo monetário.

Desde, é claro, que os EUIA contenham seu apetite por matar talibãs e esperem o acordo final para mandarem o próximo drone atacar.

 

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