Depois de meses assustando o mundo, com ameaças de guerra, a Coreia do Norte parece começar a abrandar.
Primeiro, o governo retirou duas baterias de mísseis balísticos de médio alcance, que já estavam aparelhados no leste da península.
E agora acaba de demitir o ministro das Forças Armadas, o general Kim Kyok-sik, conhecido falcão, que havia ordenado o bombardeio da ilha de Yeonpyeong, na Coreia do Sul, em 2010.
Para seu lugar, foi nomeado um general jovem, Jang Jong-nam, do qual pouco se sabe.
Esta troca está sendo interpretada como uma concessão do presidente para desaquecer o clima belicoso que tinha sido criado.
É também um sinal de que ele, graças às suas posições agressivas, ganhou força junto às forças armadas, tanto é que afastou um dos principais líderes dela, sem maiores problemas.
Os EUA responderam de maneira nada diplomática.
Enviaram uma esquadra, capitaneada pelo porta-aviões Nimitz, nuclearmente armado, para realizar manobras militares no mar Amarelo, em conjunto com forças sul- coreanas.
A Coreia do Norte reagiu da forma esperada: considerou a ação americana uma “grave provocação militar” que aumentaria a tensão na península coreana.
E aí apelou. As tropas norte-coreanas, aquarteladas nas margens do mar Amarelo, receberam ordens de revide, caso uma simples bomba seja lançada nas águas territoriais do país.
E o comandante do exército da Coreia do Norte declarou que, uma contra- reação armada dos navios americanos ou sul-coreanos detonaria uma escalada que transformaria as ilhas sul-coreanas da região num “mar de fogo”.
Novamente, um conflito pode estar no horizonte.
Desta vez, a inabilidade americana deve ser apontada como principal responsável.