A história costuma se repetir.
Em 1938, o governo checo, temendo ameaças de invasão nazistas, ampliou suas fortificações nas fronteiras com a Alemanha.
Foi quando Hitler exigiu que fossem desmanteladas, caso contrário esmagaria a Checoslováquia.
Tremendo de medo, o governo de Praga obedeceu.
E todos sabem o que deu no que deu.
Em 15 de maio deste ano, alta autoridade israelense informou ao New York Times, sob condição de anonimato, que Israel pretendia voltar a bombardear a Síria outras vezes, visando armas supostamente destinadas ao Hisbolá.
Caso Assad ousasse contra- atacar, se arriscaria a “perder seu governo” porque aí as forças armadas israelenses retaliariam pra valer.
Bem, talvez a comparação não seja totalmente exata.
Seria mais o valentão ameaçando massacrar a vítima caso ela reagisse a alguns socos que ele prometia lhe aplicar.
Seja como for, Israel fica mal na foto.
Ainda mais porque não contestou a informação transcrita pelo New York Times.
A Casa Branca não ficou nada satisfeita.
O inusitado ato de força foi utilizado pela propaganda de Assad como prova de que Israel e os rebeldes estariam aliados.
Para eles, foi uma acusação pesada, difícil de rebater.