Depois do pogrom em Telaviv, quando migrantes africanos foram espancados, suas lojas, oficinas e carros destruídos por uma multidão, o racismo chegou a Jerusalém.
Uma bomba incendiária foi lançada contra uma casa que abriga 18 refugiados da África Sub-Sahariana provocando um incêndio e deixando 4 feridos. Para a polícia, não há dúvidas de que o objetivo era matar os moradores.
O sentimento contra os migrantes vem crescendo, estimulado por políticos importantes, a mídia, o exército e o governo que os qualificam como “infiltrados”, “cancer” ou “lixo”…
Para o Primeiro- Ministro Netanyahu, a identidade nacional judaica estaria em risco com o aumento da imigração.
O Ministro do Interior Eli Yishai, do ultra-direitista partido Shas, declarou que migrantes portadores de AIDS teriam estuprando mulheres israelenses e que todos, “sem exceção” deveriam ser presos até serem deportados.
‘”Eles não acham que este país pertence a nós, aos homens brancos”, afirmou.
O incêndio racista de Jerusalém foi firmemente condenado por Lieberman, o Ministro das Relações Exteriores, e por Bibi, que assegurou que o problema tinha de ser resolvido.
E parece que começou a ser.
Lei do Knesset (Parlamento), aprovada em 1 de maio, estabelece penas de prisão de 3 anos aos migrantes ilegais e pode condenar a até 15 anos todo aquele que ajudar a escondê-los.
Há quem pense diferente.
Para Dov Henin, parlamentar esquerdista, as medidas que Israel está tomando contra os migrantes são imorais: “ Os judeus, freqüentes vítimas de perseguições no passado, deveriam demonstrar compaixão em relação aos africanos.”