A Reforma da Saúde foi talvez a única das muitas mudanças prometidas por Obama que emplacou.
Basicamente, ela obriga todo americano a ter plano de saúde, sendo que aos pobres será concedido subsídios do governo para poderem pagar o seu.
Os republicanos, é claro, tentaram bombardeá-la na justiça, mas não deu.
Como se sabe, a Suprema Corte considerou o chamado Obamacare constitucional.
Depois dessa decisão, a Reuters/Ipsos realizou uma pesquisa que apresentou resultados surpreendentes.
O apoio ao Obamacare cresceu de 43%, antes da Suprema Corte, para 48%, depois.
A posição dos eleitores diante da reforma não mudou; 61% contra, 39% a favor.
Trata-se de um resultado chocante.
Para alguns, reflete o caráter profundamente individualista da sociedade americana que não aceita imposições do estado, no caso de fazer um convênio de saúde.
Vejo nisso ainda um traço marcante de egoísmo, uma falta absoluta de solidariedade social, pois é através das taxas pagas nos convênios que o estado poderá garantir assistência de saúde gratuita para os pobres.
A decisão da Suprema Corte também acabou favorecendo o Partido Republicano.
53% dos eleitores declararam que preferiam votar num candidato ao Congresso cuja plataforma incluísse projeto de anulação do Obamacare.
De positivo houve ainda o aumento dos eleitores independentes favoráveis à reforma depois da decisão do Supremo: 38% contra 27%, antes.