Ameaça atômica sobre o Irã.

Tem aparecido cálculos sobre as mortes israelenses que seriam causadas por um contra ataque iraniano ao bombardeio de suas instalações nucleares.

Fala-se em “apenas” 500 vítimas, muito menos do que um possível ataque atômico do governo de Teerã contra cidades israelenses.

Um especialista americano preocupou-se com as perdas humanas do seu país, caso apoiasse a aventura de Netanyahu.

Seriam pelo menos 200, logo nos primeiros dias.

Por relativamente pequenos que sejam esses números, referem-se a vidas humanas e, portanto, não deixam de ter muita gravidade.

Não se falou ainda em mortes causadas pelos bombardeios na população iraniana, como se, graças à chamada precisão cirúrgica, elas não acontecessem.

A dura verdade é que o volume de mortes previsto configura um desastre humano.

Em 2009, o Center for International and Strategic Studies realizou um estudo intitulado “Study on a Possible Israeli Strike on Iran´s Nuclear Development Facilities” que apontou fatos aterradores.

“Qualquer ataque no reator nuclear de Busher”,  diz o estudo,”causará a morte imediata de milhares de pessoas que vivem nas imediações do local e milhares de mortes por câncer, ou mesmo centenas de milhares dependendo da densidade de população sob a nuvem de contaminação”.

E o estudo continua: “Bahrein, Qatar e os Emirados Árabes Unidos serão pesadamente afetados pelos radionucleidos (radiações)”.

Em outras palavras: uma catástrofe semelhante à de Hiroshima.

Matando não apenas milhares ou centenas de milhares de civis iranianos, mas também dos outros países da região, todos eles aliados dos EUA.

E esse legítimo massacre de inocentes poderá acontecer sem motivo algum já que o Irã não tem, nem deu indícios de pretender ter, um programa nuclear militar.

16 agências de inteligência americana asseguraram categoricamente.

A ameaça de bombardeio israelense é digna de Hitler pela injustiça e pelas conseqüências devastadoras que poderá causar se levada a cabo.

Irão os EUA e a Europa comportar-se como a Inglaterra e a França em Munique, quando se dobraram diante do nazismo?

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