Pesquisa imagem dos EUA.No fim de 2016, último ano do governo Barack Obama, os EUA eram muito bem vistos pelo mundo.
Mais exatamente, ocupava o primeiro lugar, nenhum país dispunha de imagem igual.
Segundo pesquisa Gallup, 48% das pessoas ouvidas em 133 nações, confiavam no regime americano, enquanto apenas 28% tinham opinião contrária.
E mais: a Rússia, potência rival, perdia de goleada, com apenas 27% de aprovação da população mundial.
Dois anos depois, dolorosa surpresa para o público yankee: o Gallup revelou que, em 2018, o prestígio americano fora para o espaço. A confiança universal nos EUA caíra abruptos 18%, indo de 47%, em 2016, para humildes 31% em 2018.
Mas houve mais motivos para lágrimas amargas.
Os rivais russos empataram, alcançando um escore praticamente igual: 30% das pessoas apreciaram Moscou de modo positivo, melhorando 3% em relação a 2016.
E pior.
Os EUA saíram perdendo em confronto com a China, que os superou com 34% de pessoas confiantes na inescrutável Beijing, Enquanto, a Alemanha desbancando Tio Sam, assumia a liderança com 39% favoráveis, um resultado expressivo para Merkel, que outra pesquisa apresentava como a governante mais respeitada do orbe.
A performance americana mais lamentada pelo velho Tio Sam verificou-se na Europa, onde a confiança em Washington foi para ridículos 24%.
Só na África, com suas ditaduras e baixos índices na Educação, que a imagem do país de Trump se mostrou positiva, apresentando 52% da população confiando nos EUA. Fraca consolação:os africanos ainda pesam pouco no cenário internacional. do que os países da Europa ou da Ásia.
Surpreendeu o baixo patamar para onde os EUA foram relegados, de acordo com a pesquisa de Confiança Global da Gallup, realizada uma vez por ano..
Quais as causas dessa vertiginosa queda que está tornando Tio Sam um parceiro pouco confiável? O que teria acontecido em 2018, que tanto mal fizera à excelente imagem deixada por Barack Obama ao mudar-se da Casa Branca?
Aconteceu Donald Trump. É simples assim.
Foi em 2018 que o America First do mandatário yankee mostrou melhor suas garras.
Nesse ano, a estrela republicana desrespeitou tratados e acordos, atacou e prejudicou aliados europeus, ameaçou diversas nações, enfim, pintou e bordou.
Quanto à subida das Rússia, parece ser consequência de sua atitude no quadro do anti-americanismo despertado por The Donald erga orbes. Putin ganhou prestígio por seu desafio às políticas autoritárias dos EUA. O suficiente para conseguir acomodar-se no mesmo nível do seu rival. Não foi além porque, em 2018, houve uma sucessão de ações russas mal vistas por muita gente, tais como a acusação de ter enviado agentes à Inglaterra para matar um desertor e as ações na Ucrânia e na guerra da Síria.
Talvez o mais grave seja a China ter galgado posições até chegar à vice-liderança, com 34% de respostas favoráveis, vencendo os EUA por 3% de diferença, no mesmo ano em que os dois países se enfrentaram numa guerra comercial.
Como em 2019 nada indica que The Donald esteja disposto a amenizar seu América,first, espera-se que a pesquisa Gallup deste ano repita os últimos resultados.
Chovem apostas de que serão piores.