Apoio incondicional a Israel só mesmo os políticos americanos dão.
A maioria do povo dos EUA nega cheques em branco ao país governado por Benjamin Netanyahu.
Recente pesquisa do Brooking Institution mostra que 46% dos respondentes querem sanções a Telaviv por sua política de expansão de assentamentos. Ou seja, a metade da população americana.
É o mesmo número que elegeu Donald Trump].
Foi um crescimento de 10% em relação à pesquisa do Brooking realizada um ano antes.
Os democratas foram mais severos: 60% deles exigem que o governo Trump tome atitudes mais sérias contra os israelense, ou ao menos lhes aplique sanções econômicas, por sua recusa em obedecer à recomendação da ONU para interromperem a criação de novos assentamentos.
Por enquanto, a maioria dos congressistas democratas faz de conta que nada mudou, que seus eleitores continuam vestindo a camisa de Israel. O que os autorizaria a sempre dizerem amem mesmo a decisões contra as leis internacionais praticadas por Netanyahu e seu governo de extrema-direita.
No entanto, tanto no Senado quanto na Casa dos Representantes, vem aumentando o número de congressistas que defende imparcialidade na análise do conflito entre Israel e palestinos.
Atentos, os dirigentes da AIPAC, maior ONG pró-Israel dos EUA, já notaram a tendência democrata e na recente convenção da entidade, alguns deles apelaram para que se faça de tudo para reconquistar os aliados que estão perdendo no Congresso.
Em outra pergunta da pesquisa, esta sobre a posição que os EUA deveriam tomar no Conselho de Segurança da ONU quanto à independência do Estado da Palestina, houve um certo equilíbrio.
Ainda assim, a posição preferida foi favorável aos palestinos, com 34%, sendo 32% pela abstenção e 31%, contra.
Também aqui, os democratas se opuseram ao governo Netanyahu.
Foi por uma maioria clara: 51%. Enquanto 29% manifestaram-se pela abstenção e uma porcentagem mínima, 16%, negaram autonomia aos palestinos.
Já os republicanos continuam fechando com Israel: só 31% aceitam sanções pelos assentamentos e 51% rejeitam um Estado Palestino.
Vale lembrar o ensinamento de George Washington, primeiro presidente dos EUA, no discurso de despedida do seu cargo: “Nada é mais essencial do que, antipatias permanentes e inveteradas contra certas nações e ligações apaixonadas a outras, devam ser excluídas. ”