Dois dias depois do presidente Obama apresentar seu plano de fechar Guantánamo, a Rasmussen Reports fez uma pesquisa para saber a opinião do povo.
Grande surpresa! A maioria é contra.
56% dos americanos querem os terroristas e suspeitos de terrorismo bem longe, bem guardados.
Separados do território americano por um mar.
O fato de Guantánamo abrigar35 indivíduos já liberados pela comissão militar de investigação permanecerem atrás das grades não incomodou muito.
E quando aos 56 que deverão ficar presos para sempre, sem acusação, nem julgamento, nada a opor.
Esse resultado marca uma grande redução no número de americanos que prezam as garantias da sua Constituição já que, em 2009, o fim de Guantánamo ganhava por 44% x 42%.
A idéia de manter a prisão foi muito mais forte entre os republicanos. Nada menos de 80% votaram nessa, ilustrando o processo de crescimento da tendência ultra-direitista que ocorre no partido.
Já os democratas mostraram-se mais fiéis a suas posições tradicionais: 48% aplaudiram o plano de Obama, 35% foram contra e os resto se disse indeciso.
Não é nenhuma apoteose do pensamento liberal, mas não deixa de ser significativo.
Talvez com medo de que um egresso de Guantánamo invada seu lar de bomba em punho, 75% dos republicanos não querem a transferência deles para os EUA.
Já 47% dos democratas aceitam.
Olhando esses resultados a gente imagina a pedreira que deve ser presidir os EUA para alguém com idéias humanitárias.
Dá até para desculpar as muitas vaciladas e pisadas na bola de Barack Obama.