A AIPAC (maior lobby pró-Israel) e o Partido Republicano tinham 60 dias para forçar a rejeição do acordo nuclear com o Irã.
Mas, 40 milhões de dólares e pressões de toda parte não foram suficientes.
Com o voto maciço dos republicanos majoritários nas duas casas do Congresso, sabe-se que o acordo será rejeitado.
Sabe-se também que, nesse caso, Obama vetará e já tem o número de senadores requeridos para se manter um veto presidencial.
Há mesmo muita chance de que consiga os votos que permitirão aos democratas fazerem obstrução até o fim do prazo de 60 dias, o que causará a aprovação do acordo por decurso de tempo.
Os líderes republicanos e dos grupos pró-Israel ainda não hastearam a bandeira branca.
Querem pelo menos impedir a obstrução e assim obrigarem Obama a vetar uma decisão congressual.
Primeiro apresentaram uma lei negando a obstrução ao Senado, mas foram derrotados.
A tentativa seguinte é, baseando-se em interpretação de lei de 17 de maio, exigir que sejam apresentados os ítens do acordo entre a IAEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e o Irã, que vão regular as inspeções dos fiscais da agência.
Mas o governo dos EUA não dispõe desses itens, que não passam de regulamentações-padrão da IAEA e não tem porque constar do acordo nuclear. A ação republicana é um lance para interromper o prazo de 60 dias e assim conseguir mais tempo para Netanyahu encontrar um jeito de convencer mais senadores democratas a votarem a seu favor.
Não deve dar certo.