Os lobbies pró-Israel vieram com sua quinta tentativa para destruir no Congresso o acordo nuclear com o Irã.
Assinada por 367 senadores e representantes (deputados), carta aberta avisa o presidente Obama de que não deve concordar com os termos de um acordo nuclear sem aprovação prévia do Senado.
A carta foi vista como uma ameaça de que os parlamentares poderiam aprovar uma lei caso necessário, obrigando o presidente a atendê-los.
E, como eram 367, teriam número suficiente de votos para derrubar um eventual veto presidencial a essa lei.
Obama ignorou, mas não ficou vendo a banda passar.
Sua influência sobre os senadores democratas foi decisiva.
Resultado: até hoje, o lobby não conseguiu muita coisa do Parlamento.
A perigosa lei que sua carta aberta brandia como um míssil contra o acordo nuclear continua nas gavetas republicanas.
Tudo que a montanha pariu foi um autêntico rato. O Senado aprovou por unanimidade provisão não-vinculante (sem força de lei) dispondo que o presidente deveria informar caso do Irã não- cumprir obrigações assumidas no hipotético acordo nuclear. Isso acontecendo, os iranianos seriam contemplados com tremendas sanções.
Não me parece que seja suficiente para desanimar Teerã e fazer com que seus representantes desistam de chegar a um acordo com o Ocidente.
Há indícios do contrário.
Porta voz do primeiro ministro inglês informou que, numa conversa telefônica de Cameron com o presidente Rouhani, ambos concluíram ser possível se chegar a um acordo, até o fim do prazo estabelecido em 31 de março.