Hisbolá e Irã fora da lista negra.

Todos os anos os EUA fazem um relatório sobre a segurança no mundo, revelando a relação dos países e movimentos terroristas.

O Irã integra essa lista desde 2011. O grupo libanês Hisbolá há muito mais tempo ainda.

No ano passado, ao fazer a apresentação anual dos terroristas, James Clapper diretor nacional de Inteligência dos EUA, referiu-se aos dois como ameaça direta ao país e seus aliados.

O Hisbolá ganhou menção especial como tendo aumentado sua ação terrorista global em níveis jamais vistos desde os anos 90.

Para este ano de 2015, James Clapper reservou uma surpresa: tanto o Irã quanto o Hisbolá estavam fora da lista negra americana.

O Hisbolá só foi citado para lembrar as ameaças que estava enfrentando nas fronteiras do Líbano por parte de grupos radicais sunitas como o ISIS e o Nussra.

Já o Irã só foi criticado por apoiar o regime do presidente Assad na Síria, estigmatizado pela política externa da Casa Branca.

De outro lado, o relatório salientou a assistência militar prestada pelos iranianos ao governo do Iraque na guerra contra o ISIS, hoje o inimigo número um dos EUA.

E deu o devido destaque “às intenções de moderar o sectarismo, construir parcerias responsáveis e reduzir as tensões com a Arábia Saudita” das quais estaria imbuído o governo de Teerã.

A retirada do Irã da lista negra do terrorismo  seria decorrente do clima de boa vontade entre esse país e os EUA, desenvolvido nas negociações do acordo nuclear.

Outro possível motivo pode ser o fato desse clima favorecer a idéia de se coordenar as ações militares dos dois países contra o ISIS, na Síria e no Iraque.

Como o Hisbolá é parte da campanha militar anti-ISIS, talvez esteja aí a razão da sua exclusão da desconfortável lista.

 

 

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