Netanyahu perde terreno na última semana das eleições israelenses de 17 de março.
Três pesquisas publicadas nos dias 10 e 11 de março deste mês mostram que a União Sionista, de centro-esquerda, elegeria três a quatro mais parlamentares do que o Partido Likud, do primeiro-ministro.
Ainda que esse resultado se mantenha, Netanyahu pode continuar no cargo, desde que consiga negociar apoios entre os pequenos partidos que lhe dêm maioria no Knesset (parlamento).
Enquanto ele contará com os partidos religiosos e de direita, Herzog poderia formar uma coalizão com o Meretz (partido de esquerda) e a frente dos partidos árabes.
Se a eleição fosse agora, o governo provavelmente acabaria sendo o vencedor.
Mas as últimas pesquisas mostram uma tendência em favor da oposição.
Não se sabe se até 17 de março essa “corrente pra frente” será forte o bastante para dar mais votos aos seus partidos do que terão os da coalizão de direita do primeiro-ministro.
O equilíbrio que se vê nas pesquisas das eleições israelenses se repete nas inglesas.
No ano passado, elas apontavam uma clara vantagem trabalhista frente aos conservadores, que formam o governo atual.
Em 2015, está acontecendo uma inversão.
De acordo com a pesquisa do The Guardian, publicada em 11 de março, o partido do primeiro-ministro Cameron passou o Partido Trabalhista, liderado por Ed Miliband.
Os conservadores elegeriam 279 parlamentares, sete a mais do que na pesquisa do mês passado, enquanto seus adversários não passariam de 266, quatro a menos em relação ao mesmo período.
Nenhum deles alcançaria o mínimo de parlamentares necessário para alcançar maioria na Câmara dos Comuns.
No entanto, uma união dos partidos Trabalhista e Nacional Escocês, que tem afinidades políticas entre si, chegaria a 318 parlamentares ficando próximo do que precisaria para poder formar o próximo governo. O que seria conseguido com a adesão de um outro partido, como, por exemplo, o Verde, cujas teses são, em maioria, perfilhadas pelos comandados de Miliband.
Como a eleição inglesa realizar-se em 7 de maio, o cenário atual ainda pode mudar, embora os especialistas não acreditem em viradas de 360 graus. Nem de longe, como diria a presidente Dilma.