Netanyahu não era bem-vindo em Paris.

Netanyahu não fora convidado a participar da “marcha de solidariedade” em Paris.

Pelo contrário: o presidente Hollande tinha telefonado, pedindo que ele não comparecesse para evitar associações com o conflito com os palestinos.

Avisou que também falara com Abbas, o qual concordara em ficar em casa.

Inicialmente, Netanyahu topou mas quando soube que o ministro do Exterior, Avigdor Lieberman, iria, mudou de idéia.

Não quis perder a chance de aparecer num evento que poderia lhe dar votos nas próximas eleições, em março.

Hollande não gostou nada, mas teve de aceitar. Claro, ele ligou para Abbas e também liberou sua presença.

Durante a solenidade na nova sinagoga de Paris, o presidente francês mostrou sua irritação com o conviva indesejado.

Ele permaneceu no podium durante a maior parte da cerimônia. Quando Netanyahu aproximou-se para se sentar a seu lado, Hollande ostensivamente levantou-se e saiu.

O líder israelense comportou-se mal. Fez um apelo para que os 500 mil judeus franceses emigrassem para Israel já que o país de Joana d´Arc não lhes oferecia segurança.

Tanto Hollande quanto os próprios líderes da comunidade judaica local repeliram a idéia.

As relações entre os governos de Paris e Telaviv andam estremecidas desde que o Quai d´Orsay votou a favor da proposta palestina na ONU.

 

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