Ninguém esquece as fotos das torturas e humilhações impostas em Abu Ghraib aos prisioneiros iraquianos.
O efeito de sua publicação em todo o mundo, especialmente no Oriente Médio, foi devastador para a imagem dos EUA.
Anuncia-se que algo semelhante pode explodir nos jornais e na televisão.
Existem fotos dos soldados de Tio Sam abusando e humilhando sexualmente prisioneiros no Iraque e no Afeganistão e debochando dos corpos de mortos.
Uma das mais chocantes mostra uma americana-soldado ameaçando sodomizar um prisioneiro com uma vassoura.
Todas essas fotos foram batidas entre 2001 e 2009.
Tanto Obama quanto Bush querem que permaneçam ocultas.
Temendo suas repercussões, a Casa Branca está tentando impedir sua publicação através da Justiça.
Alega que isso incitaria violências contra soldados e civis americanos no Oriente Médio.
Neste mês, sofreu uma derrota.
Um juiz federal não aceitou a argumentação dos advogados presidenciais e deu prazo para que provassem que a publicação das fotos representaria ameaça à segurança nacional.
Caso não conseguissem, as fotos estariam automaticamente aprovadas para conhecimento público.
Somada à recente revelação das torturas da CIA, seria mais um choque avassalador na imagem dos EUA no mundo e nos que acreditam na excepcionalidade americana.
Lembro que no escândalo de Abu Ghraib somente soldados e um sargento foram punidos.
Oficiais acusados de ordenar ou dar cobertura àquelas violações dos direitos humanos não sofreram nada.