Até a CIA critica os drones.

Apesar de fartamente condenados pelas muitas mortes de civis inocentes, os drones continuam usados pelos EUA.

O presidente Obama proclama que essas vítimas são mínimas, devido às imensas precauções dos operadores.

Não é bem assim, conforme mostram as estatísticas.

Conforme uma das mais respeitáveis, do Birô de Reporteres Investigativos, somente no Paquistão os drones já mataram um número de civis que pode chegar a 959, sendo 204 crianças.

Juntando-se às críticas das entidades e personalidades humanitárias, chega uma nova crítica, de alguém absolutamente insuspeito: a própria CIA que é, como se sabe, a principal operadora de drones.

Em 19 de dezembro, o The Sidney Morning Herald, da Austrália, publicou relatório revelado pelo Wikileaks, no qual a agência de inteligência americana contestava a eficiência da arma predileta do presidente Obama.

O relatório, datado de 2009 (início do primeiro período do presidente Obama), é de responsabilidade da Diretoria de Inteligência da CIA. E conclui que os drones e outros instrumentos de assassinatos de suspeitos de terrorismo podem fortalecer os grupos extremistas e ser contraproducentes pois estimulam a violência e um maior apoio popular a esses grupos.

Análises desse tipo já foram feitas centenas de vezes por jornalistas e políticos de todo mundo.

Ganham agora total validação partindo de quem desempenha o papel principal no programa dos drones.

O documento vazado está classificado como secreto e NoForn, significando que não deve ser distribuído a ninguém fora dos EUA.

Graças ao WikiLeaks, todo mundo pode ficar a par de um argumento decisivo contra os drones.

E saber que, além de destruir vidas inocentes, eles tem eficiência discutível.

E agora Barack Obama?

 

 

 

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