Depois de 8 anos de governo do Partido Moderado, de centro-direita, o Partido Social Democrata voltou ao poder na Suécia.
Elegendo 158 deputados contra 142 dos adversários, os socialistas e seus aliados deverão formar o novo governo.
Vencedor, o Partido Social Democrata obteve 31,2% dos votos, enquanto o Partido Moderado ficou em segundo, com 23,2%.
A seguir vieram os Democrata Suecos (ultra-direita), com 12,9% e os verdes, que atingiram 6,8%.
O governo do Partido Moderado, de tendência neo-liberal, distinguiu-se por uma eficiente administração.
A Suécia foi um dos países europeus que menos sofreu os efeitos da grande crise, tendo mesmo obtido bons índices de crescimento econômico, além de manter as finanças públicas sob controle.
No entanto, a política de privatizar ao máximo os serviços públicos, os quais tornaram o país um ”Estado de Bem Estar Social” modelar, não teve êxito.
As mudanças na educação, por exemplo, altamente privatizada, produziram uma geração de jovens suecos menos bem educados do que nos períodos anteriores.
Também pegou mal junto à população a alta taxa de desemprego, agravada pela redção dos benefícios sociais.
Assim, a classe média, que constitui a maioria do eleitorado sueco, acabou pendendo para os socialistas, mesmo se sentindo numa situação confortável.
O que desagradou a opinião pública foi o grande crescimento dos Democratas Suecos, um partido com tendências fascistas, que prega o racismo e um violento nacionalismo chauvinista, cujo alvo principal são os imigrantes.
Partindo de uma colocação insignificante nos pleitos anteriores, eles atingiram 12,9% dos votos, elegendo 49 parlamentares, 29 a mais do que possuíam no parlamento passado.
Tornaram-se a terceira força, capaz de causar sérios tumultos, considerando a grande agressividade dos seus membros.