O povo dos EUA está cada vez mais descrente de suas instituições de governo.
Pesquisa Gallup publicada em 30 de junho mostra baixos índices de aprovação sobre o Legislativo, Executivo e Judiciário.
Os deputados e senadores ganham as piores notas. Apenas 9% do público tem opinião favorável deles.
Além de ser um resultado deprimente, ainda representa ruma grande queda em relação aos escassos 26% obtidos em 1990.
Pesquisa anterior revelava que no máximo 22% achavam que os congressistas atuais mereceriam ser reeleitos.
A presidência também vai mal.
Não passa de 29% o número daqueles que a elogiam.
É trágico se considerarmos que, durante os mesmos 6 anos de governo, Clinton tinha 51% e até Bush vinha melhor do que o presidente atual, com 33% favoráveis, embora no ano seguinte descesse até 26%.
Nuvens negras parecem vaguear pelos céus democratas agora que as eleições parlamentares de meio-termo se aproximam.
A Suprema Corte é a instituição mais bem votada.
Nem por isso mereceu muitas palmas.
30% lhe dá a liderança entre os três poderes, mas é pouco.
Muito abaixo dos 72% do povo americano que, em 1991, aclamava seus mais altos juízes.
Esse declínio da boa vontade popular em relação aos setores que compõem o governo americano levam a uma reflexão.
Deve haver algo podre no reino da Dinamarca, como diria Hamlet.