O comandante da Força Aérea de Israel, major-general Amir Eshel, fez declarações que deixaram os libaneses de cabelos em pé: na guerra contra o Líbano – que ele considera próxima – seus aviões não vão poupar os bairros civis.
Para Eshel, o movimento Hisbolá – eterno inimigo de Israel – instalou bases em “milhares” de casas nos bairros residenciais de Beirute e de cidades do vale de Beka e do sul libanês.
Para destruí-las, Israel promete lançar bombardeios maciços contra essas áreas, mesmo tendo de infligir pesadas baixas entre os moradores civis.
Esta expressão “pesadas baixas”, é assustadora, já que na última invasão do Libano, autoridades israelenses consideraram a cifra de 1.160 civis libaneses mortos uma prova da contenção das forças israelenses.
As intenções de atacar bases militares inimigas presumivelmente alojadas em prédios civis causam sérias preocupações.
Foi com esta justificação que, na guerra de Gaza, a aviação israelense bombardeou simples delegacias de polícia.
Como o Hisbolá é também uma entidade beneficente, ele tem serviços, como hospitais e restaurantes populares, espalhados pelo país, mesmo em bairros residenciais. Alvos prováveis para os “ataques maciços, com pesadas baixas civis”, profetizados pelo general Eshel.
Michel Sleiman, presidente do Líbano, protestou energicamente: “As ameaças de Israel de bombardear áreas civis e residenciais são claras violações da resolução 1701 da ONU. Também violam os princípios de humanidade e os direitos humanos de viver em paz e segurança como a Declaração Universal de Direitos Humanos dispõe.”
Ele apelou para que a comunidade internacional e a ONU ajam para reprimir as intimidações israelenses.
Eu já vi esse filme muitas vezes.
Em geral, sem happy end.