A ultra-direita israelense lançou uma bomba contra as negociações de paz com os palestinos.
Aprovou em comitê do Parlamento projeto que objetiva a anexação unilateral do vale do Jordão pelo governo de Telaviv. Idéia em discussão nas negociações de paz, mas rejeitada pelos palestinos.
Se aprovada pelo plenário e assinada por Netanyahu, viraria lei e Mahmoud Abbas seria obrigado a se retirar das negociações de paz para a criação do Estado palestino.
Uma semana depois, parlamentares do Partido Trabalhista vieram com outro projeto, este oposto ao direitista.
Manifestava apoio ao esforço do governo para alcançar uma paz com os palestinos e proibia formalmente Israel de promover qualquer anexação de territórios, a não ser resultante de um acordo entre as partes.
Mas esse projeto foi derrotado em votação preliminar.
Os falcões ganharam essa parada, mas, por enquanto, estão longe de ganhar a batalha.
A anexação deve ser derrotada em segunda votação.
Se passar, é certo que Netanyahu vetará.
Ele quer conseguir que os palestinos aceitem uma paz em termos israelenses.
Ou, se não for possível, que a culpa pelo fracasso das negociações recaia sobre a outra parte.
Com isso, ele ganharia preciosos pontos junto a Kerry e Obama.