Europa age contra espionagem cibernética dos EUA.

As revelações de Edward Snowden começam a ter resultados concretos.

Depois de reclamar muito da espionagem dos computadores feita pelos EUA, a União Europeia resolveu agir.

Nova legislação está sendo finalizada para disciplinar a transferência dos dados dos computadores dos países do grupo para os EUA.

Elas tornarão isso muito mais difícil para os grandes servidores de internet e provedores de mídia social americanos.

Para isso, é disposto que essas operações terão de ser submetidas às leis da Europa e não às cortes secretas americanas, que costumeiramente as aprovam.

O cumprimento da nova legislação será garantido por multas que poderão chegar a bilhões de euros.

Nas leis atuais, as multas eram de baixo valor, pouco perturbando as grandes empresas americanas do Vale do Silicone.

A regulamentação da defesa da comunicação  cibernética vinha sendo discutida há cerca de dois anos.

Havia problemas como as dificuldades de unificar sob uma legislação geral as legislações específicas de cada um dos 28 países da comunidade, que tinham enormes diferenças entre si.

Como era de esperar, o lobbying das empresas americanas atuou bastante.

Mas, graças à divulgação das denúncias de Edward Snowden, criou-se uma forte onda da opinião pública e as leis anti- espionagem acabaram ganhando espaço.

Logo que forem aprovadas pelo Europarlamento,  deverá ser proposto um acordo aos EUA.

Eles terão de aceitar que as transferências de dados se realizem com base nas leis europeias.

Caso contrário, serão proibidas.

O Brasil e os demais países da América Latina estão trabalhando em algo semelhante.

Se a moda pega, logo todo o globo estará protegido da bisbilhotice oficial americana.

 

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