Recentíssima pesquisa do Economist/You Tube deve estar chateando bastante o presidente Barack Obama.
Além de opor-se a sua intenção de atacar a Síria, pelo uso eventual de armas químicas, o povo americano contesta sua política na região, como um todo.
E o que é pior: põe no céu o rival russo, o presidente Putin.
Os americanos foram taxativos na condenação de um ataque militar americano : 58% versus apenas 26% a favor.
Respondendo a questão sobre qual seria o líder mundial mais eficiente no caso do ataque químico, 59% – cerca de 6 em cada 10 americanos – afirmaram ser Putin.
Obama ficou longe, com somente 29%.
Seus coadjuvantes, Cameron, do Reino Unido, e Hollande, da França – com respectivamente 6% e 5%, perderam até para Assad, que teve 9%.
Já na escolha do mais ineficiente, outro balde de água fria: 44% disseram ser Obama.
Novamente Putin saiu bem na foto: apenas 10% o puseram nesse indesejado pódio. Exatamente o mesmo resultado obtido por Cameron, superado pelos 6% de Hollande.
Assad foi pior, com 16%, ainda assim, bem melhor do que Obama.
Mas a pesquisa continuou mal para os lados do morador da Casa Branca.
Sua ação na guerra da Síria foi rejeitada por cerca de 50% contra 30%.
E o mesmo aconteceu no julgamento do seu governo: 55% x 38%. Em oposição aos números da mesma pesquisa, realizada em 2009, quando 52% aprovavam o presidente e apenas 25% estavam descontentes.
Ficou delineado um quadro claro das mudanças do sentimento popular.
Os americanos parecem cansados de guerras. Não estão se deixando levar por discursos triunfalistas, conclamando a América a salvar o mundo.
Se Obama quer encerrar seu mandato sob palmas do povo, está na hora de voltar a mudar.
Quem sabe, aproximar-se daquele Obama que iniciou seu primeiro período, carregando tantas esperanças, esquecidas no transcorrer de sua jornada.