Fatos novos enchem de preocupação ativistas seculares no Egito quanto aos rumos do governo militar.
A reabilitação de setores do serviço secreto particularmente violentos que haviam sido fechados pela revolução; repressão brutal, assassinando centenas de manifestantes; julgamentos irregulares por tribunais militares para acelerar as condenações de membros da Irmandade Muçulmana e rumores sobre possíveis alterações da constituição para permitir que importantes figuras da era Mubarak voltem à política sinalizam um endurecimento crescente do regime.
Teme-se que, depois de reprimir os islamitas adeptos do ex-presidente Morsi, os militares se voltem contra aqueles que fizeram oposição ao presidente deposto, mas também se opõem ao governo atual.
Isso pareceu evidente quando um dos principais ativistas da revolução anti- Mubarak foi preso, acusado de tentar derrubar o governo.
Logo a seguir, a imprensa estatal informou que outros 35 líderes políticos seculares estavam sendo investigados.
As autoridades soltaram o ativista, depois de tomar suas declarações, e negaram a notícia alarmista dos seus jornais, mas o medo permaneceu.
Compreensível: pode se esperar tudo de um governo implacável, que não hesitou em atirar contra o povo, em diversas oportunidades.