O medo do terrorismo, despertado pelo atentado de 11 de setembro e estimulado por Bush, parece estar diminuindo nos EUA.
Em função dele, o povo aceitou a glorificação da segurança, como necessária à defesa do país contra o terrorismo, justificando violações dos direitos civis por seu governo.
Recente pesquisa do Pew Research Center revela uma mudança substancial nesse panorama paranoico.
56% dos respondentes declararam que o governo, como parte dos seus esforços anti-terroristas, não garantiu limites firmes à espionagem nas ligações telefônicas e nos dados de internet das pessoas.
70% afirmaram que, nessa operação, o governo visa outros objetivos além da investigação do terrorismo.
Perguntados se as políticas anti- terror do governo foram longe demais, restringindo as liberdades das pessoas, 47% concordaram, demonstrando grande preocupação, contra apenas 35% preocupavam-se com o oposto: as ações contra o terror não seriam suficientemente eficientes.
O relatório da pesquisa nota que é a primeira vez que “liberdades civis” ganham de “proteção anti-terrorista” desde 2004, quando essa questão foi focada numa pesquisa Pew.
A virada aconteceu num prazo de 3 anos já que, em pesquisa Pew de 2010, nada menos do que 58% achavam que o governo não estava fazendo o suficiente para garantir a segurança, perseguindo o terrorismo.
Avalia-se que foi consequência do verdadeiro escândalo criado pela revelação da violação da privacidade dos cidadãos americanos por setores do governo.
Edwad Snowden merecia uma estátua por ter chamado o povo á realidade.