A Europa começa a se entender com o Hamas.

Reuniões entre representantes do Hamas e de países europeus foram reportadas ao The Guardian por dirigente daquela organização.

Algumas tiveram a presença de membros de governos, outras de intermediários; em todas havia o claro interesse de reaproximação.

Como se sabe, o Hamas está na lista dos terroristas da Europa Unida desde 2007, quando assumiu o poder no estreito de Gaza.

Segundo os representantes do Hamas, alguns países da Europa gostariam de retirar o movimento palestino dessa lista.

De fato, os tempos mudaram, há muito que o Hamas parou de praticar atentados, tornou-se mais moderado e realista.

Por outro lado, a situação de Gaza que, segundo o cardeal Martino,“cada vez mais, lembra um imenso campo de concentração”, não pode continuar ignorada.

Não dá para pensar em resolver o problema sem a participação de quem governa o estreito, o Hamas.

A colocação do Hamas na lista das organizações terroristas impede reuniões oficiais dos países europeus com o movimento.

Por isso, todos os contactos tem se processado de forma extra- oficial.Os países que tem participado, através de embaixadores ou organizações civis são : Reino Unido, França, Itália, Suécia, Dinamarca, Holanda e Espanha.

As principais razões dessa reaproximação europeia seriam :

– conhecer a visão do Hamas sobre o processo de paz. Se pode aceitar o emprego de métodos políticos ou continuaria a favor da opção militar;

– os países europeus admitem o Hamas como importante player no Oriente Médio, considerando necessária sua participação no processo de paz palestino;

– querem exercer pressão para que o movimento aceite as 3 exigências Europa Unida para riscar seu nome da lista negra do terrorismo: abandonar a violência, reconhecer o Estado de Israel e aceitar todos os acordos vigentes na Palestina.

Um dos políticos do Hamas que falou ao The Guardian, o vice- ministro do Exterior  Ghazi Hamad, declarou que seus interlocutores europeus, inclusive embaixadores e cônsules, “acreditam que a política de isolamento deve terminar e o diálogo ser aberto.”

 

 

 

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