Enquanto apoiam a rebelião contra o governo da Síria, os EUA lutam contra alguns dos mais ferozes adversários de Assad.
São grupos fundamentalistas religiosos ligados à Al Qaeda, particularmente o Jabhat Al-Nussra, que partipam das principais frentes de luta.
Os americanos bem que gostariam de enviar armas para o exército rebelde, mas tem medo de que caiam em mãos erradas.
Continuar limitando-se à ajuda não- letal é o que resta a fazer mas pode não ser a melhor estratégia.
Desprovidos os rebeldes do arsenal americano, Assad bem que pode vencer.
Ou, mesmo assim, perder, assumindo um governo fortemente influenciado pelo pessoal da Al Qaeda.
E a omissão americana num apoio mais efetivo poderá lhe custar a perda da nova Síria para mãos bem pouco amigáveis.
Por isso mesmo, a Casa Branca está empenhada em afastar da revolução os incômodos guerrilheiros fundamentalistas para poder, enfim, enviar suas máquinas mortíferas contra Assad.
No intuito de cortar o fluxo de milicianos da Al Qaeda iraquiana para o exército rebelde sírio, a CIA trabalha ativamente com o Serviço de Contra- Terrorismo de Bagdá.
No ano passado, a Casa Branca quis desferir um golpe decisivo, quando classificou o pró-Al Qaeda Jabhar Al-Nussra como movimento terrorista, merecedor das condenações gerais.
Coisa que poderia torná-lo um pária para o comando rebelde.
Aconteceu o contrário.
Os rebeldes sírios protestaram numa unanimidade assustadora.
Até mesmo movimentos moderados seculares puseram o Jabhar no céu, como combatentes modelares, por sua coragem e eficiência de guerrilheiros treinados.
Quando milicianos da Al Qaeda armaram uma emboscada em território do Iraque, matando 48 soldados de Assad, ao serem transportados de volta para a Síria, o Departamento de Estado condenou essa ação como “terrorista.”
Houve quem não entrendesse.
Afinal, os EUA está do lado da revolução anti- Assad, deveria aplaudir a eliminação de 48 soldados dele, mesmo pela Al Qaeda.
Afinal os inimigos do meu inimigo, meus amigos são…
Victoria Noland, porta- voz do Departamento de Estado, deu suas explicações.
Alegou que a morte dos dos soldados sírios foi um ato terrorista porque não aconteceu no meio de uma batalha. Eles voltavam para sair depois de terem procurado assistência médica no Iraque.
“Tudo depende das circunstâncias”, garantiu Noland.
Diferentes de quando os rebeldes defendem a população síria dos ataques do regime, ela concluiu.
Foi quando um repórter, altamente inconveniente, lembrou que o exército dos EUA rotineiramente matava cidadãos paquistaneses que “não estavam no meio de uma batalha.”
Alguns até estavam, pacificamente, conversando ou mesmo tomando café num bar quando um drone os transformou em ex- pessoas.
A porta- voz do Departamento de Estado sorriu amarelo mas respondeu :”Novamente, tudo depende das circunstâncias.”
O que não foi exatamente uma resposta.
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