Para aceitar discutir a paz com o Hamas, Israel exige que os palestinos renunciem ao terrorismo, reconheçam o estado de Israel e abandonem as armas.
Bem, o Hamas acaba de aceitar as principais dessas exigências.
Depois de uma série de reuniões com o rei Abdula, da Jordânia, Kaled Marshaal, líder do Hamas, defendeu publicamente negociações com Israel e a solução dos 2 estados independentes na Palestina: o estado israelense e o palestino.
Quanto ao terrorismo, faz muitos anos que o movimento de libertação não o pratica.
Os lançamentos de mísseis sobre território israelense não podem ser enquadrados nessa classificação pois são atos de guerra, aliás, sempre provocados por ações do exército israelense.
Atualmente os militantes armados do Hamas estão integrados nas forças regulares da Faixa de Gaza. Seu eventual desarmamento é tema a ser tratado nas negociações.
Essa mudança de posição do Hamas aconteceu no contexto da pacificação do conflito Hamas-Fatah e das próximas eleições da Cisjordânia.
Destina-se tanto a tranquilizar o governo de Israel quanto ás posições dessa possível união, quanto o povo palestino, que deseja independência, mas sem radicalismos desnecessários.
Pela lógica de quem deseja a paz, o governo Netanyahu deveria saudar a moderação do Hamas.
Aparentemente, ele tem outros objetivos.
A resposta de Bibi à mão estendida do Hamas foi uma agressão.
Seu exército prendeu 23 membros do Hamas na Cisjordânia, inclusive 3 deputados da Faixa de Gaza.
A explicação foi a de sempre: “razões de segurança”.
Indignado, o Hamas protestou: “É um ato criminosos, que não conseguirá parar a luta deles (os presos). Nós do movimento Hamas condenamos fortemente a campanha de prisões arbitrárias que atingiu dezenas de líderes do Hamas.”
Como há uma trégua entre Israel e o Hamas,essas prisões são realmente altamente discutíveis.
Serviram para jogar mais um balde de água fria na “solução dos 2 estados” e na paz entre palestinos e israelenses.