O repórter Reese Erlich passou muito tempo entre os rebeldes sírios e publicou no website Truthout um artigo a respeito deles.
Erlich nega que a revolução seja dirigida pelos EUA, embora eles a apóiem e procurem tirar partido dela, defenestrando o rival Assad e deixando o Irã sem seu principal aliado na região.
Pelo contrário: membros do movimento Ahrar e de outros grupos ouvidos por Erlich reclamaram dos EUA por não lhes fornecer armas.
Salaam, do Ahar declara: “Se tivéssemos armas, Assad já teria caído.”
O Ahar e outros grupos de oposicionistas opõem-se à política americana no Oriente Médio.
Querem a independência da Palestina, a volta das Colinas de Golã (ocupadas por Israel) para a Síria e são contra as invasões do Iraque e mesmo do Afeganistão.
Para eles, a Casa Branca está procurando líderes favoráveis aos EUA para apoiá-los desde logo e assim conseguir aliados confiáveis para sucederem a Assad, depois de sua queda.
Segundo Omar Mushaweh, da Irmandade Muçulmana síria: “Os americanos não tem apoiado a revolução com a força necessária porque ainda esperam encontrar alguém que possa garantir seus interesses no futuro.”
No início do mês, o Departamento de Estado anunciou que forneceria aos rebeldes 25 milhões de dólares para “assistência não-letal” e 64 milhões para “assistência humanitária”. Isso inclui avançados equipamentos de comunicação via satélite e coletes à prova de balas.
Por sua vez, a CIA veta o envio de armas provenientes da Arábia Saudita e do Qatar para facções pouco confiáveis.
Por baixo do pano, o governo americano também fornece armas para grupos selecionados, evitando que caiam nas mãos de extremistas.
Quando começaram as primeiras manifestações populares contra o governo sírio, os movimentos religiosos e secularistas sírios estavam unidos.
No entanto, devido a sua organização superior, melhores armamentos e experiência em combates, os grupos islâmicos foram assumindo uma posição cada vez mais influente.
Eles não estão unidos- seus objetivos são diferentres.
Os ultras, como a Al Qaeda, defendem a imposição da Sharia (lei islâmica), tal como era praticada na Idade Média, nos primórdios do islamismo, no futuro regime sírio.
Na luta contra o exército sírio, eles promovem ações violentas como assassinatos, execuções extralegais, torturas e atentados.
A Irmandade Muçulmana rejeita tudo isso. “Todos os prisioneiros do regime de Assad devem ser submetidos posteriormente a julgamento.”
A Irmandade Muçulmana e outros grupos moderados aceitam a Sharia, mas adaptada aos tempos modernos.
Acham que a nova Síria deve tomar como modelo a Turquia, que é governada por um sistema parlamentar e respeita todas as religiões.
Falando pela Irmandade, Mushawen declarou que os direitos das mulheres e das minorias devem ser respeitados.
“Não obrigaremos as mulheres a usarem o hijab (lenço cobrindo a cabeça). Elas só o usarão por sua escolha”.
Os grupos rebeldes secularistas desconfiam da Irmandade Muçulmana.
Miral Biroreda, porta voz de um “Comitê de Coordenação” não acredita nos propósitos democráticos dela.
Tanto os secularistas quanto a Irmandade Muçulmana temem o perigo representado pelos violentos milicianos ultras vindos do Iraque e de outras nações.
Para Biroreda, não deve ser permitido que eles fiquem na Síria.
Todos os ativistas religiosos e não-religiosos, ouvidos por Erlich, concordam em que será o povo sírio, através de eleições livres, que optará entre as três facções.
A historia ja nos ensinou como se comporta a” irmanidade “quando ascende ao poder, exmplo disto temos no egito;libia;iraque e por ai a fora!
Deixemos-nos de demagogia porque, todos sabemos que tipo de comportamento eles praticam estando no poder!