Os EUA estão concluindo um acordo com os talibãs que está sendo visto como a retomada das negociações de paz.
Eles libertarão cinco chefes talibãs presos em Guantanamo e seus inimigos devolverão ao exército de Tio Sam um sargento aprisionado há tempos.
A troca está sendo considerada por ambas as partes como um gesto de boa vontade, que tornaria possível o início de uma reunião dos negociadores.
As anteriores conversações chegaram a um beco sem saída diante das exigências das partes.
Os americanos queriam que os talibãs aceitassem a constituição afegã (e, por conseguinte, as autoridades atuais, legalmente constituídas) e denunciassem a Al Qaeda.
Por sua vez, os rebeldes não reconheciam Karsai como presidente (seria um “fantoche” dos americanos) e consideravam sem sentido dialogar com autoridades do governo de Kabul.
Como ninguém aceitou nada que o outro pretendia, a reunião acabou.
Espera-se que agora haja menos radicalismo de parte a parte.
Não foi fácil para o governo Obama convencer seus chefes militares da troca.
Os cinco talibãs são considerados indivíduos altamente perigosos.
O principal deles, o mulá Mohamed Fazi, antigo ministro de defesa do grupo, esteve envolvido com o tráfico de drogas e foi responsável pelo massacre de milhares de xiitas.
Por falar nisso, não entendo como generais americanos sustentam que o Irã apóia os talibãs, que são inimigos mortais do xiismo, a religião dos aiatolás e de todo o povo iraniano.