Recente decisão da Suprema Corte dos EUA declarou constitucional a Reforma de Saúde do Presidente Obama, que pode garantir assistência médica gratuita a mais 32 milhões de americanos sem recursos. Mas deu autonomia para os estados resolverem se aplicarão nos seus territórios.
Logo 6 governadores republicanos pularam, gritando:”Aqui não!”
Entre eles, o mais contundente nas suas justificações foi o Governador do Texas, Rick Perry.
É aquele mesmo que sugeriu cobrar imposto de renda dos americanos muito pobres para reduzir o déficit público.
Para essa estrela conservadora, que chegou a liderar a corrida pela candidatura republicana a presidente, a Reforma da Saúde é um mau negócio.
Ele alinhava dois argumentos: adotar a nova lei iria acabar esvaziando os cofres do estado e seria uma “intrusão descarada na soberania de nosso estado.”
E vai em frente com sua diatribe assegurando que a Reforma da Saúde tornaria o Texas um apêndice do governo federal, dando às autoridades de Washington a palavra final sobre quais planos de seguros poderiam operar no estado, quais benefícios estes planos poderiam oferecer e quais controles de preços e limites de custos seriam aplicados.
Com essa atitude, Perry está recusando um investimento federal de 76 bilhões de dólares no Texas para pagar 100% das despesas com a Reforma da Saúde, até 2016, e 90% deste ano até 2020.
Bem que o Texas está precisando disso.
Lá 27% dos trabalhadores não tem seguro de saúde, contra 17% na média nacional, o que torna os médicos menos necessários no estado. Por isso, entre os 50 estados dos EUA, o Texas é o 48º em número de médicos por 100 mil habitantes.
Um quinto dos adultos entre 19 e 64 anos, que vivem na pobreza, totalizando 1 milhão e duzentos mil pessoas, seriam beneficiados caso o Governador Perry não estivesse tão empenhado em combater tudo que Obama propõe.
Lon Burnam, representante democrata pelo Texas, comentou que a negativa de Perry de receber os investimentos da Reforma da Saúde é uma repetição de suas rejeições de milhões de dólares federais para benefícios aos desempregados e subsídios à educação.
“O governador precisa explicar porque o Texas fica perdendo investimentos devido à ideologia dele”, Burnam declarou: ”Nossas escolas, nossos hospitais e nossos desempregados precisam de ajuda, mesmo que ele não precise.”