O New York Times, no sábado passado, informou que o pessoal do Mossad esteve conversando com a inteligência americana.
Fizeram muitas perguntas, discutiram, mas concluíram: nem o Irã tem um programa de armas nucleares, nem está a fim de entrar nessa.
De acordo com o New York Times, a CIA passou anos observando os esforços iranianos para enriquecer urânio e desenvolver uma tecnologia de mísseis. E continua de olho nos iranianos para flagrá-los caso comecem a dar os primeiros passos no caminho da militarização do poder nuclear.
Enquanto a Agência de Segurança Nacional grampeou os telefones das autoridades iranianas no setor nuclear e conduziu outras formas de segurança eletrônica, a agência de Inteligência Geoespacial Nacional analisou imagens de radar e imagens digitais dos centros nucleares. Analistas examinaram fotos high-tec, tomadas por drones, de instalações nucleares.
Tem mais: sensores clandestinos, que podem detectar sinais eletromagnéticos ou emissões radioativas que indicariam atividade nuclear disfarçada, estão colocados perto de instalações iranianas suspeitas.
A atividade de toda esta parafernália tecnológica é constante, não para.
Por sua vez, o Mossad tem também seus meios de espionar os iranianos. Pode crer que também são eficientes.
E, repito: tanto ele, quanto as 16 agências americanas de inteligência garantem que não existe programa nuclear iraniano, nem disposição de inicia-lo.
Ótimo, não? Agora Israel ficará tranquilo e deixará de ameaçar. Obama e a Europa suspenderão todas as sanções. O Itã se preocupará em recuperar sua ecnomia. E, como dizia um filme antigo, todos irão para a praia.
Engano seu.
Netanyahu não mudou sua postura.
Agora, ele diz que a ameaça continua, pois, enriquecendo o urânio a 20%, o Irã pode acelerar o processo, ate chegar aos necessários 90%. E aí, começar a fabricar bombas atômicas. O que, segundo os especialistas israelenses, levaria 2 anos.
Melhor cortar o mal pela raiz, é o raciocínio israelense.
Para Israel, todos estes complexos e completos meios de vigilância do Irã seriam ineficazes devido à, digamos, malandragem iraniana, insidiosos orientais, hábeis em esconder qualquer coisa –até usinas nucleares.
Seria muito possível que, quando esses mega tecnológicos recursos das espionagens americana e do Mossad pegassem o Irã no pulo, poderia ser muito tarde.
Até a aviação de Israel e EUA entrarem em ação, bombas nucleares estariam a caminho de Telaviv e outras cidades israelenses. E logo a paisagem de Israel exibiria gigantescos cogumelos.
Difícil, dificílimo, extra – dificílimo de acontecer…mas, possível, diz Netanyahu.
E não estou disposto a arriscar um Holocausto 2.
Por via das dúvidas, vamos bombardear o Irã, e, se der guerra bombando no Oriente, se der crise levando as economias da Europa e, talvez do mundo, pro espaço, não é meu problema.