As coisas não vão nada bem para The Donald.
O principal objetivo do seu governo, garantir a reeleição, está fazendo água.
No fim de agosto deste ano, pesquisa da Suffolk University para o USA Today revelou que seu rival, o Partido Democrata, está liderando as intenções de voto no pleito parlamentar de novembro, com 11 potos (ou 11%) a mais do que os republicanos.
E o que é pior: o resultado da pesquisa do TIPP para o jornal Investor´s Business Daly foi igual.
Mais grave ainda foram as vantagens democratas de 13 pontos sobre o partido do presidente, para a pesquisa Reuters-Ipsos, e de 14%, segundo a pesquisa ABC News-Washington Post.
Quatro sinais amarelos, com nítida tendência de mudar para vermelho.
Trata-se de amargo prenúncio de que o Partido Republicano, fiel a ele, deverá perder o domínio da Casa dos Representantes (Câmara Federal, no Brasil) para os impiedosos rivais do Partido Democrata.
Contribuindo também para Donald Trump passar noites em claro, os eleitores independentes prometem votos nos candidatos democratas, em número 18% superior aos nos republicanos.
Quanto aos ditos moderados, The Donald não mantém muitas esperanças, mesmo.
Mas não contava que eles preferissem seus adversários de um modo tão desmedido: na pesquisa ABC/Washington Post, os que pretendem votar nos democratas superam em 30% os favoráveis aos republicanos.
A pesquisa USA Today/Suffolk revelou ainda que 58% fecham com um congresso que faça oposição a Trump, enquanto apenas 34% querem uma maioria congressual dócil à Casa Branca.
Acredito que o baixo prestígio do governo faz supor estarem corretos os indícios de que os salários cairam muito, apesar do desenvolvimento nacional estar em alta.
Por isso mesmo, a proposta de salário-mínimo de 15 dólares, enfaticamenrte apresentada por grande número dos candidatos democratas, deve valer muitos votos, especialmente aos progressistas do grupo do senador Bernie Sanders.
A beligerante política internacional de Trump é bastante criticada, conforme pesquisas anteriores.
Na pesquisa da Universidafe de Quinnipiac, realizada em meados de agosto, 58% dos respondentes declararam-se contrários às ações externas do governo, enquanto apenas 48% as achavam boas.
No momento, as posições da política internacional do governo não pesam muito na decisão de voto dos americanos.
Perdendo as eleições parlamentares de “meio termo”, Trump provavelmente enfrentará um congresso bem diferente, nos últimos dois anos do seu mandato.
Em vez dos invariavelmente leais republicanos no comando da Casa dos Representantes, poderá ter pela frente uma maioria democrata mal humorada diante das propostas presidenciais.
Na melhor das hipóteses, elas serão parcial ou totalmente derrotadas, enquanto, deverá vir do congresso leis desagradáveis para The Donald e sua entourage.
Na pior das hipóteses, será tentado um impeachment, o que, aliás, já está nos planos de vários democratas postulantes a um lugar no congresso.