Sauditas seguem bombardeando funerais iemenitas.

Em outubro do ano passado, o bombardeio de um funeral no Iêmen pela aviação saudita causou horror internacional.

140 pessoas foram assassinadas, quando choravam o  morto.

A reação internacional foi pronta: a ONU, a União Europeia, a Alemanha, a França, todo mundo, até os EUA lançaram duras condenações.

Barack Obama, presidente dos EUA na época, chegou a suspender o envio de novos armamentos para a Arábia Saudita.

O governo do rei logo apressou-se a lamentar o fato, foram informações erradas, uma dessas coisas chatas que acontecem nas guerras.

Mas, aparentemente, sua força aérea não esteve nem aí para tantos protestos.

5 meses depois, ela repetiu seu “lamentável engano”.

Um velório, a 40 quilômetros, de Sanaa, capital do Iêmen, foi o alvo dos aviões sauditas.

Desta vez, mataram menos gente, “apenas” 9 mulheres e uma criança, segundo dados oficiais, embora moradores do local falem em um número muito maior de mortos e feridos (Middle East Eye, 16 de fevereiro).

Pelo jeito, os militares sauditas acharam pouco.

Depois do ataque, passado um certo tempo, os motores voltaram a rugir nos ares iemenitas.

E os aviões do rei despejaram mais bombas, atingindo um número indeterminado de profissionais de saúde, que vieram socorrer as vítimas do primeiro bombardeio.

Foi o chamado double-tap, tipo de ataque com bis, lançado por drones americanos especialmente nas aldeias do Paquistão.

Painel de experts da ONU concluiu que os bombardeios aos funerais com double-tap, repetidos no espaço de 5 meses, “desrespeitaram as obrigações” do governo de Riad.

Portanto, estas malazartes sauditas podem representar violação da lei humanitária internacional.

Mais uma para a coleção do reino dos petrodólares.

 

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