Depois de George Bush, os republicanos conseguiram o que parecia impossível: presidenciáveis que deixam o invasor do Iraque quilômetros para trás em matéria de direitismo e irracionalidade.
Talvez tonto diante desse bizarro desfile, o eleitorado republicano demora a escolher com firmeza quem deverá enfrentar Obama. Muda de idéia de mês a mês.
Na montanha russa que tem sido as pesquisas dos pré-candidatos republicanos, Michelle Bachman, para quem os EUA são abençoados por Deus porque apóiam Israel, já se destacou. Mas logo foi desbancada por Rick Perry, que deseja cobrar imposto de renda dos mais pobres. Não passou um mês e Mitt Romney tomou a ponta. Comparado com os outros, Romney até que é moderado embora sua moderação seja semelhante à de um sócio do Mancha Verde ou do Gaviões da Fiel.
Neste mês, eis que desponta um azarão, passando por Romney de galope.
Herman Cain é seu nome e, francamente, ser escolhido por tanta gente (27% na pesquisa NBC-Wall Street Journal) depõe contra o QI dos republicanos.
Veja algumas idéias dele.
Resolver o contencioso com o Irã, só mesmo através de ações militares.
Pretende instituir um teste religioso ao qual se submeteria todo aquele que desejasse trabalhar no governo. A propósito de religião, Cain assegurou que Romney jamais ganharia por ser mórmon…
A favor da Guerra do Iraque, que teria sido iniciada por Bush como “retaliação contra uma rede terrorista islâmica mundial que pretende destruir a civilização ocidental”.
Em junho de 2006, tomou como alvo as organizações e pessoas contrárias à guerra do Iraque, dizendo:”Há alguns americanos, inclusive membros do Congresso, que querem que os terroristas vençam.”
Quanto aos liberais e afins:”3 grupos estão comandando uma propaganda espetacularmente unificada contra o exército de Israel, o exército dos EUA e a Administração Bush. São a mídia liberal, os liberais do Congresso e as Nações Unidas.Os liberais americanos estão lutando numa guerra contra a nossa grande nação com palavras em vez de balas.”
Finalmente, Cain propôs uma solução drástica para o problema da imigração ilegal. Uma cerca eletrificada na fronteira com o México para eletrocutar os ilegais. Posteriormente, aconselhado por novos assessores, declarou que tudo não passava de uma piada.
Há quem pense que piada é a candidatura dele.