Na sua relação hostil com o Irã, o então presidente Clinton impôs sanções que impediam o país de substituir ou importar peças novas para seus velhos aviões civis, muitos comprados pelo regime do xá nos anos 70.
Essas sanções foram reforçadas com o governo Obama, dentro do objetivo de pressionar Teerã para que interrompesse o enriquecimento do urânio.
Sem poder fazer a reposição necessária, as linhas aéreas iranianas foram obrigadas a esticar ao máximo o tempo de uso das peças e componentes dos aviões.
E o resultado é que o Irã passou a apresentar uma das mais altas taxas de desastres aéreos do mundo, nos quais morreram mais de 1.700 pessoas, a partir das medidas de Clinton.
O representante (deputado) democrata Brad Sherman foi um dos principais defensores da aplicação das sanções que tornaram os vôos civis no Irã altamente perigosos.
Na ocasião ele proclamou que elas deveriam “ferir o povo do Irã”, para que seus líderes cedessem à pressão do Ocidente.
Fazer os iranianos sofrerem, não o regime, era sua posição.
No ano passado, Obama usou sua autoridade executiva para permitir reparos limitados nos aviões civis do Irã fora do país.
E Sherman tentou bloquear essas ações.
Quando foi aprovado, em Genebra, o acordo preliminar entre os P5+1 (EUA, Alemanha, Reino Unido, França, Rússia e China) e o Irã, Brad Sherman protestou contra a inclusão do alívio nas sanções à aviação civil iraniana.
Além de insistir nas punições, ele sugeriu a Obama “explorar algumas imprecisões no texto do acordo” para evitar que a permissão para reparo dos aviões fosse usada para eventualmente enfraquecer as sanções.
Falta alguém nos bancos do Tea Party.