Russofobia: o Post marcou bobeira.

Na Russofobia que se expande pela mídia e políticos americanos, o grande e tradicional Washington Post deu uma bola fora.

Em 30 de dezembro, a Burlington – empresa que fornece energia ao Estado de Vermont- descobriu um malware num dos seus laptops.

Ora esse malware era do tipo usado pelos russos para entrar nos computadores da Convenção Democrática que lançou Hillay Clinton, segundo parece claro para a opinião público dos EUA.

Imediatamente o Washington Post aproveitou a deixa

Não perdeu tempo em procurar a Burlington para pedir mais detalhes.

Rapidamente tascou na primeira página um artigo com o título: “Operação russa pirateia (“hacked”) um serviço público de Vermont, criando riscos à segurança elétrica dos EUA, informa autoridade pública.”

Horror nos EUA!

Não contentes em interferir numa eleição presidencial, favorecendo um candidato amigo, agora os hackers da Rússia acessavam o sistema da Burlington para causar toda a sorte de problemas aos moradores e às instituições de Vermont. Frases semelhantes foram ditas por políticos, jornais, redes de Rádio e TV americanos, fazendo subir o nível da Russofobia na opinião pública americana, mais uma vez ameaçada pelo tenebroso Putin e sua Rússia.

Mas este espetáculo durou pouco.

A Burlington informou que o “malware” atacava apenas um único dos seus laptops, o que não poderia causar estragos, já que esse laptop não estava ligado em nenhum dos sistemas da empresa.

Além disso, o fato do malware na Burlington ser igual ao malware supostamente usado por hachkers russos para penetrar na rede da Convenção Democrática não quer dizer nada. Como, aliás, o próprio governo americano, em outra oportunidade, teria admitido. De fato, por possuir uma Lugger, ninguém pode ser considerado alemão.

Com isso, o Washington Post saiu mal na foto.

Divulgar fatos falsos é muito feio, um pecado grave no mundo jornalístico.

Para reparar seu erro, o grande jornal não fez a retratação devida.

Limitou-se a mudar sua manchete, em edição posterior, dizendo: “Os hackers do governo russo não parecem ter penetrado na empresa de serviço público de Vermont, dizem pessoas por dentro da investigação.”

É muito pouco.

Não fizeram um desmentido formal de uma notícia falsa.

Deixa dúvidas de que haveria opiniões discordantes entre a “alta autoridade” da primeira manchete e as “pessoas por dentro da investigação”, da segunda manchete.

E o “parece” do Washington Post não significa certeza.

Muita gente pensará que talvez os hackers russos estejam mesmo entrando no sistema de eletricidade de Vermont para fazer as piores maldades.

O Washington errou publicando uma notícia alarmante, deu munição à Russofobia nos EUA.

Quando se soube que sua notícia era falsa, foi dúbio, deixou entrever a possibilidade de ser verdadeiro o fato inicialmente noticiado.

Desrespeitou a Liberdade de Imprensa, tão cara aos americanos.

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