Reunidos em Washington para discutir o problema da Palestina, o “Quarteto do Oriente Médio” (ONU, EUA, Rússia e União Européia) condenou os assentamentos judaicos na Margem Oeste, a violência dos seus moradores e os ataques de foguetes de Gaza.
Em sua declaração, os 4 membros expressaram grande preocupação com os contínuos atos violentos praticados por assentados judeus e conclamaram Israel a “tomar medidas efetivas, incluindo levar os culpados à justiça.”
Referiram-se também à contínua expansão dos assentamentos como um assunto crítico, que já causaram e a interrupção das negociações em 2010, logo no seu início.
Esses assentamentos são ilegais segundo a lei internacional. O que não impediu Israel de construir 6.578 novos assentamentos apenas depois de 2008. Para isso, o exército israelense destruiu cerca de 622 moradias de palestinos, desalojando 1.100 pessoas, das quais mais da metade eram crianças.
A comunidade internacional tem constantemente reconhecido a ilegalidade da construção de assentamentos e da respectiva destruição de casas palestinas por representar uma clara violação da lei internacional, sem qualquer resultado prático.
Consciente desse fato, a Autoridade Palestina fez seu protesto ante o Quarteto do Oriente Médio apenas para marcar posição. Fundado em 2002, não tem poderes para fazer cumprir suas resoluções. Basta dizer que, em seus 10 anos de vida, reuniram-se muitas vezes, fizeram um sem número de condenações, protestos e propostas. E nada aconteceu.
Na reunião anterior, em setembro de 2011, o Quarteto havia dado 3 meses para as partes apresentarem propostas para início de negociações. E 6 meses para que se registrassem “progressos substantivos.”
Os 6 meses passaram, não houve uma única reunião para negociação da paz entre as partes e apenas os palestinos apresentaram propostas.
Eles deram 1 mês para Israel responder.
Os palestinos tem pressa.
Um relatório da Comunidade Européia prevenia que “se a tendência atual (de expansão dos assentamentos) não for brecada e revertida, o estabelecimento de um Estado Palestino viável, dentro das fronteiras de 1967, ficará mais remoto do que nunca.”